terça-feira, 8 de setembro de 2015

Tabu nosso de cada dia - Marcas eternas

*Este texto integrou o projeto "Tabuu - paradigmas da beleza", do qual fui Colunista e Editor de Conteúdo em seus quatro primeiros meses de existência.

Inseridas em nossa cultura há muito tempo as tatuagens ainda são motivo de repulsa por parte de muita gente. Boa parte da população certamente ainda acha que isso seja coisa de bandido, autoflagelação, más influências, rebeldia sem causa, fanatismo ou qualquer tipo de coisa nociva. Pessoas mais esclarecidas e com uma visão mais ampla de mundo sabem que nada disso é verdade. Claro que todos os motivos anteriores também levam muita gente a se tatuar. Mas isso não significa que o ato em si, de fazer uma tatuagem, seja ruim. 

O erro nesse caso é o mesmo de sempre: pré-julgamento e pré-conceito. As pessoas se tatuam por infindáveis razões. Pode ser por mero motivo estético, a vaidade neste caso fala mais alto. Tatuar-se seria então uma forma de deixar o corpo mais bonito. Eu concordo que muitas tatuagens são belíssimas e deixam muita gente linda. Mas é preciso ter cuidado para não usar como acessório algo que é definitivo. Sim, eu sei que existe a tecnologia necessária para a remoção de tatuagens, mas o processo é caro, muito dolorido, demorado e, por vezes, deixa cicatrizes e manchas na pele.

Outros marcam seu corpo com nomes e/ou referências a músicas, filmes, livros, equipes esportivas ou alguma coisa do qual gostem muito e que seja parte relevante em suas vidas. Acho válido, mas é preciso uma reflexão para ver até que ponto aquilo é realmente importante e quais as chances de mudarmos de ideia. As pessoas mudam com o tempo, e seus gostos também. Temos a parcela daqueles que fazem do desenho no corpo uma forma de homenagear pessoas importantes. Alguns o fazem com seus ídolos, outros com entes queridos, tais quais pais ou filhos, ou ainda como uma lembrança da pessoa amada. Do parceiro de relacionamento e de vida. 

Todos passamos por momentos marcantes na estrada da vida. Muitos têm que superar grandes barreiras e obstáculos quase intransponíveis. Fazer essa arte no corpo então, seria uma forma de marcar na pele aquilo que já está marcado na alma. É valorizar e tentar traduzir em símbolo o significado do que foi vivido. A religião é parte muito presente na história humana e ainda em nossa sociedade atual. Por conta disso, e por enorme devoção, muitos fiéis usam a tatuagem como forma de reafirmar sua fé. Não são raras as tatuagens com motivos religiosos.

As lições que aprendemos, os tombos que caímos e nas vezes que nos levantamos não saímos ilesos. Às vezes com muita maestria, em outras aos trancos e barrancos. Mas em um determinado ponto da vida o ser humano acaba “escolhendo” uma filosofia de vida, ele entende talvez a razão de sua existência. É o bendito dia que descobrimos porque nascemos. Se a pessoa for então adepta dessa prática ela vai acabar tatuando algo que represente, para ela, este aspecto.

E não esqueço de mencionar aquela gente obcecada, que tatua quase todo o corpo. Óbvio que cada um tem o direito de fazer o que bem entender com a própria pele. Eu não julgo. Mas tenho minha opinião formada sobre isso. Penso que umas boas semanas de terapia talvez resolveriam o que, eu, Mailsom, julgo como um distúrbio. Talvez de natureza social ou psicológica. Não sei. Mas, na minha concepção, é fora da realidade, loucura demais, maluquice além do que eu posso suportar. 

Acho um descabimento, por exemplo, alguém com o corpo tatuado em 90%. Além do que, é algo assustador. Porém, não mora nessa minha opinião motivo algum para discriminar ou tratar mal pessoas extremamente tatuadas. É vital sabermos conviver e aceitar o diferente, mesmo que não concordemos com isso. É preciso saber respeitar a decisão de cada um. As pessoas precisam aprender a diferença entre não concordar e discriminar. Este aspecto é urgente para formarmos uma sociedade mais sadia. 

Extremamente dotado de significado e permanentes, assim são as tatuagens. Eu mesmo não tenho nenhuma tatuagem, mas sempre saio em defesa de quem as têm. Mas como tudo na vida, é preciso usufruir sem exageros, com consciência e moderação. Se você não gosta dessa arte pense melhor antes de sair julgando e criticando os tatuados. E se você é um simpatizante que ainda não tem certeza de que quer se tatuar, esteja atento para o seguinte: Pense muito bem antes de decidir, analise os motivos que o levam a tomar essa decisão.

Na hora de se tatuar pense em você. Olhe para o eu interior. Decida tatuar-se pelos motivos que são importantes para você. E que esses motivos venham carregados de um significado com potencial de ser eterno. Se há algo que você vai lembrar e, muito provavelmente, vai considerar relevante até os últimos dias de sua vida bem, talvez esteja aí um motivo para se tatuar. Mas não banalize algo tão definitivo e tão significativo quanto essa arte. Afinal, tatuagens são marcas eternas.

domingo, 6 de setembro de 2015

Tabu nosso de cada dia - O amor usa óculos

*Este texto integrou o projeto "Tabuu - paradigmas da beleza", do qual fui Colunista e Editor de Conteúdo em seus quatro primeiros meses de existência.

O dito popular é que “o amor é cego”, que quem ama não enxerga defeitos e muitas vezes se ilude em suas próprias fantasias. Confesso que concordo em parte, mas não partilho dessa teoria. Penso que amar nos abre os olhos. Nos faz prestar atenção no que realmente importa. Não apenas no rosto ou no corpo da pessoa, mas da tão dita, mas pouco cultuada, beleza interior.

Não me refiro aqui a paixão acendida apenas pelo calor dos momentos, ou àquelas relações baseadas apenas em tesão. Falo do amor verdadeiro. Cantado em canções tão lindas, narrado em romances épicos, retratado nas telas do cinema, mas tão pouco valorizado e, ao que me parece, completamente desacreditado em nossos dias. Para alguns, mero tema de ficção. Para outros, uma realidade.

A semana é dos namorados. Loucos apaixonados. Corações inconstantes em busca de afeto e de aprovação. Alguns banalizam esse tipo de relacionamento, mas estes se esquecem de que o namoro é o primeiro passo ao lado daquela pessoa que, talvez, seja nossa companhia de caminhada até o fim de nossos dias. O namoro é o primeiro movimento para o “até que a morte nos separe”. E é um enorme aprendizado. 

Namorando aprendemos a não ser mais apenas um, mas um com o outro. Deixar um pouco de lado o “eu” e começar a cogitar a existência do “nós”. É o começo da descoberta do sexo alheio. Não que um homem consiga desvendar os meandros da mente feminina, ou vice-versa, mas na relação, no convívio, na troca de experiências e de rotinas é que se descobre a palavra “compaixão”. Compaixão, compadecer, entender, as alegrias, os medos, as qualidades, os defeitos, as verdades e as mentiras do outro. Colocar-se no lugar do outro.

Namorar nos torna pessoas melhores. Digo por experiência e por observação. Dizem que “ninguém muda ninguém”. Eu discordo. Quando estamos dispostos a sermos melhores, não só pelo outro, mas por nós mesmos, a ajuda de alguém amado faz diferença. Óbvio que muitos namoros não dão certo. Tem gente que precisa namorar 10 vezes para encontrar a pessoa certa. Outros apenas uma. 

Entendo que possa não existir a pessoa certa. Mas existe o nosso esforço e disposição para fazer dar certo. Almas gêmeas podem ser coisas de contos de fadas. Porém, casais que vivem mais de 50 anos juntos (e felizes) são bem reais. Raros em nossos tempos, cada vez mais, mas reais. Quem ama não só se torna melhor para o outro. Mas para si mesmo e para as pessoas com as quais convive. 

Quem ama sofre muito. Mas também se alegra. O sofrimento vem pelo medo do não ser aceito, de não conseguir compreender ou ser compreendido. A alegria vem por perceber que nossa existência tem significado. Saber que somos importantes para alguém. Que fazemos a diferença na vida do outro.

O caro amigo leitor pode estar estranhando o tom dessa minha coluna de hoje. Explico. Primeiro, a data requer uma abordagem especial. Segundo, o projeto Tabuu está quebrando seus próprios tabus e, aos poucos, vai se reinventar. “Vão-se os anéis, ficam-se os dedos”. Se quebramos alguns tabus, muitos outros permanecem. Ir contra a maré. Guiar pela direção contrária. Evitar os clichês. Atormentar o senso considerado comum. 

Ser uma nova voz desprovida de pré-conceitos, seja de que natureza for. Debater sem papas na língua. Abordar assuntos, ditos, polêmicos ou aqueles do quais ninguém quer ou tem medo de falar. É nessa direção que o Tabuu vai. O primeiro passo foi dado por mim. Um simples e modesto passo. Mas essa foi minha singela mensagem e apreço ao dia dos namorados. 

Uma data comercial. Mas que pode significar muito mais que uma troca de presentes. Mas um momento para reflexão. Sendo assim, o que lhes digo, meus caros, é que o verdadeiro amor não é cego e nem nos ilude, ele apenas nos abre os olhos. Nos faz enxergar melhor, pois usa óculos.

Grande abraço, seus apaixonados!

sábado, 5 de setembro de 2015

Tabu nosso de cada dia - A beleza como forma de superação

*Este texto integrou o projeto "Tabuu - paradigmas da beleza", do qual fui Colunista e Editor de Conteúdo em seus quatro primeiros meses de existência.

A maioria de nós não passa por essa vida ileso. Não são poucos os que sofrem algum tipo de trauma psicológico em sua vida. Não digo do trauma que deixa perturbações e fobias nas pessoas. Mas sim, daquele mais “tradicional”: o fim de um relacionamento, a perda de um emprego, um plano muito grande que não deu certo, um sonho não realizado, a perda de um ente querido, entre tantas outras situações difíceis com as quais temos de conviver. 

As grandes decepções da vida, geralmente, chegam sem avisar. Nesses momentos a primeira sensação é que o nosso chão desabou, nossa vista fica turva e o céu parece cair sobre nossos ombros. A frustração é iminente. Cada um tem o seu tempo e o seu método de lidar com as tragédias. Entretanto, passada essa fase é preciso superar. Cada indivíduo tem o próprio jeito de se reerguer. E há aqueles que descobrem uma maneira durante essa difícil caminhada.

A ciência e as religiões têm várias “fórmulas” para nos ajudarem em momentos assim. Por um lado, psicólogos, psicanalistas, grupos de apoio, medicamentos e os mais variados tipos de tratamentos. Por outro, padres, pastores, conselheiros espirituais, grupos de oração e demais auxílios oferecidos pelas igrejas. Há quem prefira métodos mais científicos, outros se agarram em sua fé, e sempre tem que opte por usar todos os recursos disponíveis.

Dentre esses recursos estão nossos amigos, família e namorada ou namorado. Porém, de nada adiantará nenhum destes artifícios, se a força de vontade não vier de você mesmo. É clichê, mas não custa lembrar daquela máxima que diz que “não conseguimos ajudar ninguém, a não ser que a própria pessoa se ajude”. Pois bem, dentro do contexto do projeto Tabuu eu descobri uma dessas maneiras de “autoajuda”: a beleza.

Em qualquer dificuldade, seja ela de que natureza for, é preciso se valorizar, estar ciente de suas próprias forças e seus próprios méritos. Uma forma excelente de fazer isso pode ser buscar o belo. Praticar uma atividade física pode lhe servir de modo, não só para se distrair, mas para acalmar toda a raiva e a frustração daquele fatídico acontecimento. Desconte nos pesos da academia, no saco de pancadas, ou naquele chute forte, durante a partida de futebol, todo o desconforto que você possa sentir. Busque orientação médica e faça uma dieta, seja disciplinado e aprenda a ser forte para atingir seu objetivo. Mantenha o foco em seu próprio bem-estar. Se cuide mais. Isso vale tanto para homens quanto para mulheres. 

Busque tratamentos de beleza alternativos, desde que adequados, saudáveis e recomendados por especialistas. Faça atividades que lhe deem prazer, como um passatempo ou um hobbie. Rir e se divertir são coisas que também melhoram nossa autoestima e nossa aparência. Não importa a forma, você pode buscar e atingir seu próprio ideal de beleza. Sentir-se bonito e atraente eleva a autoestima de qualquer um. Desta forma, estaremos mais aptos e mais fortes para enfrentar nossos demônios interiores e nos curarmos das feridas que a vida fez.

Grande abraço, seus lindos!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Tabu nosso de cada dia - A beleza que os olhos não podem ver

*Este texto integrou o projeto "Tabuu - paradigmas da beleza", do qual fui Colunista e Editor de Conteúdo em seus quatro primeiros meses de existência.

O Tabuu é um projeto pautado pela busca da beleza. Mas não vivemos só de aparências. Quem acompanha nossas publicações já percebeu que este veículo não está dedicado a dar dicas de emagrecimento, falar das tendências em maquiagens, vestuário ou dos penteados mais badalados. Falar da aparência nos serve de pretexto para debater questões muito mais complexas e importantes, como saúde, autoestima, distúrbios psicológicos, racismo, valorização da mulher, legitimação da diversidade étnica e de biotipos, padrões sociais e a impostação deles, o modo como a mídia retrata as belezas e como isso nos influencia, como vemos a nós mesmos, e mais uma infinidade de temas que rodeiam as nossas discussões.

Nossa campanha de cards no Facebook vem mostrando inúmeros conceitos de beleza. Concebidos pela equipe do Tabuu, essas ideias nos provam o quanto é particular e distinta a ideia que cada um tem de beleza. O belo é efêmero e transitório, e, muitas vezes, determinado de forma ocasional, aleatória. É bizarro a gente pensar que existem padrões de beleza. Pois, se cada ser humano é único, não existem duas pessoas iguais em todo esse mundo. Até mesmo gêmeos demonstram diferenças, mesmo que, por vezes, um tanto quanto sutis. Então me provem que é correto existirem padrões em um universo onde não existem iguais? Me provem que é correto silenciar a singularidade e as peculiaridades de cada ser com suas imposições covardes de padrões de beleza, e modas das quais “você não pode deixar de seguir”.

Ao longo do processo de construção desse projeto aprendi muito. Trabalhar com esse tema abriu-me os olhos para aspectos antes obscuros. Atitudes que antes me pareciam inofensivas, costumes e hábitos sociais que sempre me soaram como parte do cotidiano, agora enxergo com temor e preocupação. Me debato ao tentar entender porque discriminam uma pessoa por sua aparência física, seja sua cor, a forma de seu corpo, ou qualquer outra característica que salte aos olhos. Fico perturbado ao ver atitudes covardes como o bullying, ou práticas desesperadas, como cirurgias plásticas, feitas como se não houvesse amanhã. Entendo a cultura do corpo, mas questiono a ansiedade pela aceitação.

Quem definiu que cabelo liso é mais bonito que o crespo ou o encaracolado? Porque que a pele branca é considerada mais bonita do que a negra? Quem sentenciou que o alto é mais belo que o baixo? Ou que o magro é mais aceito que o “encorpado”? Quem decretou que mulher deve ser extremamente vaidosa, ou que homem que se cuida é fresco? Com que direito afirmam que mulher que não gasta horas no salão, é desleixada? Afinal existe feio e bonito? Se existe, então porque os tais padrões, ditos as regras imutáveis, que parecem definidos por uma entidade superior, vivem mudando? Bem, você que se identificou com esse texto, e que pode sofrer com isso, talvez seja o culpado. Pois se esse é o nosso senso comum, ele só existe porque o aceitamos.

Quando se começa a questionar, quando se percebe que há algo de podre nessa cultura do “isso aqui é belo, mas aquilo ali não” a gente percebe o quanto é ridícula essa história de “padrão de beleza”. É importante buscar uma aparência bacana, um estilo que agrade, uma beleza que reflita nosso interior, um corpo saudável e bem cuidado. Mas não vale a pena sacrificar o que temos de especial, para se assemelhar a manequins de plástico que são, nada mais, que mercadorias a venda. Não ponha estereótipos na sua cabeça. Não se espelhe em imagens de modelos “photoshopadas”, que nem são reais. Se desprenda de modas e padrões. Busque sua própria beleza. Aceite seu próprio padrão. Você é o senhor de si mesmo e do seu próprio corpo. Não deixe ninguém escolher por você qual é seu ideal.

O maior ideal de beleza vive na capacidade de sermos únicos. Não há nada mais belo que a simplicidade de ser você mesmo. A vida é transitória e a beleza é uma metamorfose sempre incompleta. Somos quadros inacabados, pintados diariamente por nós mesmos. A inconstância do belo é o que o torna especial. Aprenda a se valorizar. Mostre para o mundo uma nova forma de beleza. A sua forma de beleza. Se permita enxergar além do que os olhos podem ver. Em cada um mora a capacidade de quebrar paradigmas. É só querer.

Grande abraço seus lindos!

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Tabu nosso de cada dia - Maior que as muralhas

*Este texto integrou o projeto "Tabuu - paradigmas da beleza", do qual fui Colunista e Editor de Conteúdo em seus quatro primeiros meses de existência.

“Jovem com Síndrome de Down quer ser modelo e mudar conceitos de beleza”. Como fiquei feliz ao ver essa notícia. O fato está ligado a uma jovem australiana, chamada Madeline Stuart, de 18 anos, e foi noticiado, originalmente, pelo Daily Mail no dia 15/05. 

Pessoas que têm Síndrome de Down estão muito mais suscetíveis a estar acima do peso. É uma questão biológica. No caso de Madeline, isso está relacionado tanto a sua condição genética quanto a problemas cardíacos. Entretanto, nenhuma dessas coisas a desmotivou para seguir seu sonho: ser modelo. Desde o ano passado ela vem superando essas barreiras, e certamente muitas outras, para conseguir atingir seu objetivo. 

A jovem conversou com sua mãe, Rosanne, e contou sobre a meta que gostaria de alcançar. A mãe, de prontidão, passou a ajudar e incentivar Madeline em seu caminho. Rosanne contou ao Daily Mail que a filha foi capaz de mudar o estilo de vida em apenas dois meses. Ela se esforçou para passar a ter uma vida mais saudável e perder peso. Até o momento a garota já conseguiu emagrecer 20 quilos, devido a prática de exercícios físicos e aulas de dança. Madeline já posou para um ensaio fotográfico e está em busca de um agente que a ajude a alavancar sua carreira de modelo.

O Tabuu já noticiou várias vezes (e já foi tema da minha coluna), que a beleza, em geral, passa por dois aspectos: sentir-se bem e estar em dia com sua saúde. Madeline decidiu que só se sentiria bem se renovasse seu estilo de vida, e tomou as atitudes necessárias para passar a ter uma vida saudável. Eu posso não a conhecer, ou não ter muitos detalhes sobre sua rotina, mas posso afirmar, sem medo de errar, que não tem sido nada fácil para a garota. Emagrecer, ainda mais 20 quilos, não é fácil para ninguém. É preciso muito, mas muito foco, determinação, disciplina e força de vontade para persistir no objetivo, pelo tempo que for necessário.

Depois de emagrecer vem o mais difícil: manter uma vida extremamente regrada para evitar que aquelas gordurinhas indesejadas retornem, causando o famigerado “efeito sanfona”. Imagine, então, como deve ser difícil para uma pessoa com Síndrome de Down e problemas cardíacos. Ter uma condição genética que facilite o ganho de peso, e que faça com que muitas pessoas te olhem torto, parece ser uma barreira quase impossível de vencer. A moça tem de enfrentar, diariamente, duas grandes muralhas: uma biológica e outra social. 

Não sejamos hipócritas aqui. Caro leitor, atente para o fato de que, provavelmente, Madeline vem frequentando alguma academia, participando de aulas de dança em grupo, natação, etc. Estar em um ambiente cheio de corpos esbeltos e malhados, de certa forma, incentiva, mas também pode causar receio. Essa sensação pode ocorrer com qualquer pessoa que frequente o ambiente fitness. Falo por experiência própria. Colocamos em nossa cabeça um determinado tipo físico a ser alcançado - e isso nos motiva, mas, ao olhar para o lado vemos o quão longe estamos de atingi-lo. Imaginar tudo o que teremos de passar para ficar com um corpo semelhante ao de um colega de academia, é, muitas vezes, desmotivador.

Só que Madeline parece não se deixar abalar por nada. Ela não só quer se tornar modelo profissional, como quer provar o valor das pessoas com Síndrome de Down, quer mostrar ao mundo que elas também são belas. A força de vontade dessa garota parece não ter fim. E ela não está sozinha nesse caminho; em entrevista ao site Bored Panda, Madeline contou que a marca Living Dead - caracterizada por estimular a diversidade dos corpos e das belezas - já lhe presta apoio. 

O mundo vem mudando. Obstáculos, antes intransponíveis, vêm sendo vencidos. Porém, tenho plena consciência de que pessoas com Síndrome de Down ainda sofrem muito preconceito. Essa jovem guerreira nos serve de exemplo para que não fiquemos usando desculpas para continuar em nossa zona de conforto. Madeline enfrentou as muralhas impostas pela sociedade, superou as dificuldades de sua condição genética e agora encara os holofotes que, como sabemos, não perdoam. 

A mãe dela diz que “devemos dar uma chance a eles (pessoas com Síndrome de Down), pois as recompensas serão maiores do que as expectativas”. E nós, que temos diariamente tantas chances, o que fazemos com elas? Qual é a desculpa que você vai continuar usando, para não tirar a bunda da cadeira e começar a praticar exercício físico e adquirir uma alimentação saudável para ontem? Madeline me ensinou, de uma vez por todas, que quando queremos somos capazes de quebrar, ou melhor, estraçalhar padrões de beleza, ou qualquer outra muralha que nos seja imposta. 

Grande abraço, seus lindos!

E um grande beijo especial para a Madeline, a futura modelo que vai abalar, tenho certeza. Eu e toda a equipe do Tabuu torcemos muito para que ela e tantas outras pessoas possam realizar seus sonhos!

Madeline Stuart tem Síndrome de Down, que é uma deficiência intelectual. Isso não a impede de vencer suas próprias muralhas. Assim como ela, milhares de pessoas com outros tipos de deficiência, vencem barreiras diariamente. Muitas delas são anônimas, invisíveis aos nossos olhos. Mas quando alguma dessas pessoas pinta na mídia, quase sempre nos dão lições de vida. Do mesmo modo como a jovem australiana fez. Confira o videoclipe de uma música perfeita para a ocasião. Que presta uma homenagem a todas as pessoas com algum tipo de deficiência. E que não cansam, nem de serem maiores que as muralhas, e nem de nos motivarem.



terça-feira, 1 de setembro de 2015

Tabu nosso de cada dia - A verdadeira beleza feminina

*Este texto integrou o projeto "Tabuu - paradigmas da beleza", do qual fui Colunista e Editor de Conteúdo em seus quatro primeiros meses de existência.

Eu, particularmente, sou um adepto da beleza natural feminina. Aprendi a valorizar inúmeros biotipos. Desde as mais jovens até aquelas um pouco mais vividas. Quanto as proporções físicas acredito que cada uma tem seu mérito, tamanho de seios, cor da pele, tipo de cabelo, etc. É justo saber reconhecer o belo em seios grandes e pequenos, em peles claras e escuras, em cabelos curtos, compridos, lisos, cacheados, encaracolados e tantos outros tipos, formas e tamanhos. O mais bonito nas mulheres, penso que seja a variedade, os inúmeros tipos distintos de beleza. É tão bacana apreciar aquilo de único e belo que cada uma traz consigo.

Eu aprendi, com o grande músico e, porque não, poeta Leoni que canta, em Garotos II, as várias formas que o sexo feminino tem de encantar e apaixonar. Porém, melhor é quando esse encanto se dá ao natural, sem medo de assumir as celulites e estrias. Sem medo de se mostrar sem maquiagem, sem medo de assumir seu verdadeiro corpo, sem medo da sua verdadeira beleza.

Mulheres tem muitas neuras em relação a sua aparência. E homens, muitas vezes, só fazem aumentar essa preocupação em relação à estética feminina. Dos dois lados vem incentivos e pressões para se manter no padrão de beleza. Padrão esse infundado. Até cientificamente falando. Explico. Prometo que não será de forma chata nem complicada.

Em nós, seres humanos, a gordura se acumula de forma diferente de outros mamíferos. Em outras espécies a gordura se acumula entre os órgãos. Já em nós ela se acumula de forma subcutânea, sob a pele. Homens e mulheres distribuem a gordura do corpo de forma diferente. Nos homens, a gordura - ou os adipócitos que são as “células de gordura” - se distribuem de forma quase equivalente, apenas tendem a se acumular mais no abdômen. Já nas mulheres essa distribuição é mais centrada em algumas regiões como na cintura, glúteos e nos seios. Uma mulher saudável de 25 anos, por exemplo, tem o dobro da proporção de gordura que um homem da mesma idade. Isso tem a ver com os hormônios e com a maneira com que o corpo da mulher se desenvolve. 

O resultado de toda essa mini aula de biologia é que muita gordura se acumula sob a pele do bumbum das mulheres, aliado ao fator de que a pele afina ao longo dos anos, temos a famigerada celulite. Entretanto, essa mesma gordura que causa a celulite é a responsável pelo famoso “bumbum brasileiro”. Quer saber uma receita ótima de evitar celulite? Esqueça, ela não existe. Como foi explicado, não há como evitar algo tão natural. A única forma de não ter celulite é não tendo gordura acumulada nos glúteos, ou seja, não tendo bunda. “Há mas existem centenas de tratamentos para celulite! ”. Mas nenhum com comprovação científica. Pare de perder tempo e dinheiro.

Se você, homem ou mulher, preza por uma bunda bonita, - o clássico “bumbum brasileiro” - aceite a celulite, aprenda a conviver com ela, e a amá-la. E ao caro leitor homem, e fresco, que fica reclamando de mulher com celulite entenda que aquela bunda maravilhosa só existe se houver celulite. Não há uma sem a outra. Celulite não é doença, é uma condição natural da pele, e faz todo sentido biológico!

Portanto, você amigo homem, aprenda a valorizar as celulites da sua mulher, aceite o valor das estrias dela. Se esforce ao máximo para perceber a verdadeira beleza, sem maquiagem. O grande pensador contemporâneo, Rei Julian, já dizia que a “minha gatinha tem um corpo escultural, não precisa maquiagem, tem beleza original”. O homem que diz que “mulher só fica bonita de maquiagem”, ou que não gosta de mulher com celulite ou estria, que me desculpe, mas é um fresco, que não sabe admirar a beleza feminina. 

E caras leitoras mulheres, aprendam a se valorizar, valorizem sua beleza natural, tenham orgulho de suas celulites e estrias. Não tenham medo de sair de casa, pelo menos um dia na semana, sem maquiagem. Nós, homens, sabemos o quanto vocês se esforçam para estarem impecáveis. Enquanto que, a maioria dos cuecas só usa um desodorante, penteia o cabelo, e faz sua higiene pessoal. Vamos parar de “mimimi” e dar valor ao que (e a quem) merece. Mulheres de verdade não são perfeitas, e isso é o que há de mais belo nelas. Como diria um grande amigo meu, “celulite é gostosura em braile”.

Grande abraço, seus lindos.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Tabu nosso de cada dia - Bonito é se sentir bem, mas não é só isso

*Este texto integrou o projeto "Tabuu - paradigmas da beleza", do qual fui Colunista e Editor de Conteúdo em seus quatro primeiros meses de existência.

Desde o início do Tabuu temos pautado nosso site e mídias sociais pelo conceito “Beleza é questão de ponto de vista. Ser bonito é sentir-se bem. Não importa se você é gordo(a) ou magro(a)”. E sim. Isso é verdade, é nisso que acreditamos. Essa é uma das principais mensagens que queremos levar até o público que nos acompanha. Entretanto, nosso discurso não contém radicalismos ou alienações. Não somos loucos a ponto de apoiar práticas que sejam contra a sua saúde ou seu bem-estar. Temos responsabilidade social. Quando falamos em “não importa se você é gordo ou magro” o significado implícito é “não importa se você é - considerado – gordo ou magro”. 

Acontece que na mídia e no dia-a-dia, qualquer pneuzinho, barriguinha, ou simplesmente um biotipo mais encorpado é suficiente para denominar a pessoa como gorda. Ou então a falta de curvas para as mulheres, ou talvez de um corpo mais másculo para os homens seja considerada magreza. Muitas pessoas são ridicularizadas e sofrem até bullying por uma coisa ou outra.

Claro que isso depende do contexto em que você está inserido. Do estilo do grupo, do tipo de pessoas, a mentalidade delas, de que classe social e econômica são, entre outros “n” fatores. Em um determinado círculo a magreza é o padrão de beleza, em outro podem ser estruturas corporais mais curvilíneas. Enfim, isso varia. Mas o que não deve variar é a sua visão, de si mesmo. Se você não tem nenhum problema de saúde, se você é, de acordo com os especialistas, saudável. Ignore completamente as críticas e os maus olhares. Você é lindo(a) assim do jeitinho que você é. E mesmo que você tenha algum problema de saúde, que esteja realmente, acima ou abaixo do peso, não dê ouvidos e não se deixe abalar por maldizeres alheios. 

Se for necessário, vá fazer um exercício físico, consulte uma nutricionista, procure práticas saudáveis. Busque orientação profissional. Mas não porque quer agradar esse ou aquele indivíduo e/ou círculo de “amizades”. Mas porque você se ama e quer ter um corpo saudável. Busque isso por você mesmo. Busque qualidade de vida. Busque sentir-se bem. Só assim, sentindo-se realmente em paz consigo mesmo é que você terá a capacidade de ser feliz. E quem é feliz esbanja beleza e contagia por onde passa. 

Se você caro amigo leitor, percebeu que havia algo de errado com a sua saúde e está determinado a emagrecer ou ganhar peso, tome cuidado! Médicos, nutricionistas, profissionais da área de Educação Física e demais especialistas são quem definem o que é saudável e o que não é. Eles são também quem deve determinar os métodos de perda ou ganho de peso e/ou massa muscular. Através de medidas científicas como o IMC, por exemplo, é possível dizer se a pessoa está em seu peso saudável, ou não.

Se tentarmos entender, veremos que um indivíduo que sofre de anorexia, por exemplo, se sente bem só quando atinge um determinado nível de magreza. Esquelética, diga-se de passagem. Essa pessoa, obviamente, precisa de ajuda. Ou então, quem tenha problemas de saúde relacionados à obesidade: Alguns só se sentem bem com as mesmas práticas que os levaram até aquele estado. Porém, em ambos os casos é preciso encontrar auxílio. E não há vergonha ou problema algum nisso. Todos somos seres humanos, todos temos falhas. São para ajudar que existem os profissionais competentes. Ou ainda, nossos próprios amigos e familiares.

Não se deixe abalar ou influenciar por padrões estéticos que variam assim como os ventos. Padrões mudam. E podem ser transformados por você mesmo. Isso mesmo. Você aí que está lendo esse texto. Até uma pessoa que sofre discriminação por causa da aparência é capaz disso. A maior top de todos os tempos, Gisele Bündchen, já comprovou minha tese. Se você viver a vida seguindo essa regra, de dançar conforme a música, mudará tanto em função do pensamento alheio que acabará não sabendo quem realmente é. Pessoas assim perdem sua personalidade, sua identidade, perdem sua legitimidade. Ser feliz e saudável, é o que há de mais bonito na vida.

Agora vá até o espelho mais próximo e grite “Sou lindo(a)!”.

Grande abraço e até a próxima, seus lindos.

Tabu nosso de cada dia - A beleza, muito mais que aparência física, é uma construção social

*Este texto integrou o projeto "Tabuu - paradigmas da beleza", do qual fui Colunista e Editor de Conteúdo em seus quatro primeiros meses de existência.

Na última semana, Gisele Bündchen se despediu das passarelas. A modelo brasileira, que foi a número um do mundo por praticamente toda a sua carreira, fez o derradeiro desfile no palco da SPFW. Após 20 anos de estrada, a gaúcha de Horizontina despediu-se no Brasil. Nada mais justo. A moça, hoje com 34 anos, já emplacava capas de revistas, como a da Vogue dos EUA - considerada a Bíblia da moda -, desde os seus 18 anos de idade. Ao longo da sua história, a mais famosa integrante da família Bündchen, estampou mais de 1,2 mil capas em revistas. Segundo a revista Forbes, só entre 2013 e 2014, a top faturou mais de R$ 140 milhões. A maior modelo de todos os tempos figura entre as 100 celebridades mais bem pagas do mundo.

Até aqui nenhuma surpresa. Nada que não seja esperado da mulher, dita, mais linda do mundo. Mas, e se eu te disser que por anos, quando era bem mais nova, Gisele sofrera bullying devido a sua aparência física? E se eu acrescentar afirmando que a mesma Gisele tem uma irmã gêmea?

Considerada, hipoteticamente, como a mais bonita do planeta, Gisele Bündchen não fora sempre este espetáculo de mulher. Pelo contrário, a pequena Gisele foi vítima do clássico, e infelizmente tradicional, bullying. O ato de menosprezar, maldizer, humilhar e, por vezes, até atacar fisicamente o outro. Fato que se deve, apenas, ao motivo de um certo indivíduo não se encaixar nos padrões pré-estabelecidos na cabeça do senso, mais do que, comum. 

No caso da conceituada top internacional, a aparência física atípica é o que lhe tornava alvo de bullying. A pequena Gisele era considerada feia, magrela, pálida, esquálida, alta demais para sua idade. O biotipo fora do comum foi motivo suficiente para a atitude covarde de discriminação.

Desde muito tempo, não são poucas as brasileiras, ainda muito jovens, que se espelham em Gisele. Tomam-na como um exemplo a ser seguido. Uma meta a ser alcançada. Histórias como a da top mostram que a beleza é relativa, e faz parte de uma construção social. Não é novidade que Gisele sempre despertou os olhares desejosos dos homens (e porque não, de outras mulheres). Suas curvas atraem atenção. Entretanto, as da irmã gêmea dela, Patrícia Bündchen, não. Qual o motivo? Falta-lhe a fama da irmã. Apesar de Patrícia trabalhar junto de Gisele, fechar as campanhas publicitárias e ser a porta-voz da top para com a imprensa. O glamour em torno das passarelas atribui uma certa catarse ao público. Fama embeleza.

Que o digam Luciano Huck, Ronaldo Nazário ou até mesmo Ronaldinho gaúcho. Analisando friamente estão longe de serem padrões de beleza. Sem fama ou dinheiro seriam menosprezados. Com o status que têm, são desejados.

A maior modelo que o mundo já viu, se aposentou. Mas não sem antes influenciar definitivamente a sua e as próximas gerações. Ela foi fator determinante na mudança dos padrões de beleza. Toda menina tem que ser magra. Essa sempre foi a regra. Mas o físico privilegiado de Gisele transformou esse perfil. Segundo especialistas do mundo da moda, hoje, modelo pode ter peito. Os seios avantajados da deusa das passarelas conquistaram o direito de todas as outras modelos não precisarem mais serem tábuas.

É, como diria o poeta Badaui, do CPM 22, o mundo dá voltas. Padrões, caro amigo leitor, estão aí para serem contestados. Gisele é a prova de que, beleza, é questão de ponto de vista, de tempo, de referência, de construção social. Porém, mais do que isso, beleza é questão de gosto. Antes de buscar ser belo aos olhos dos outros, busque sentir-se bem consigo mesmo. Pois, a top que era alvo de bullying por não se enquadrar nos padrões de beleza, os transformou e hoje decreta o fim de uma era.

Grande abraço, seus lindos.

domingo, 30 de agosto de 2015

Tabu nosso de cada dia - O projeto mais lindo que já se viu

*Este texto integrou o projeto "Tabuu - paradigmas da beleza", do qual fui Colunista e Editor de Conteúdo em seus quatro primeiros meses de existência.

Uma professora e uma turma de alunos do curso de jornalismo da Unisinos se uniram para ir em busca da beleza. Calma, você não leu errado. Nós não nos revoltamos contra a profissão e muito menos estamos fazendo um motim rumo aos cursos de Moda, Nutrição e Educação Física. E não, este não é um projeto no estilo “dicas de beleza”, com 10 dicas para ter um corpo saudável, dietas milagrosas ou os mais vanguardistas tratamentos estéticos. Não. Vou explicar. 

O projeto Tabuu vem com a proposta de esclarecer, narrar, contar, fazer ver, debater, polemizar tudo e mais um pouco em relação ao estético corporal. Toda semana traremos conteúdos novos e inéditos: notícias, reportagens, colunas, vídeo-reportagens, perfis, dentre outros formatos.

Aqui você vai ficar sabendo sobre benefícios e malefícios que os tratamentos estéticos trazem para as pessoas. E como isso se reflete no cotidiano delas. Vai se surpreender e/ou sensibilizar com o que as pessoas são capazes de fazer para ficarem belas ao olhar alheio ou, “apenas”, para se sentirem bem consigo mesmas. Às vezes, isso se restringe a uma pessoa vaidosa, nada fora do comum; em outras encontrará argumentos razoáveis para transformações cirúrgicas e tratamentos invasivos; mas também verá que nem sempre beleza é sinônimo de saúde e o que pode ser beleza aos olhos de alguém, é doença aos olhos da medicina. Cirurgias plásticas, distúrbios alimentares, opiniões polêmicas, pontos de vista diferenciados, beleza e a busca dela, seus caminhos e obstáculos, as consequências dessa busca, jornalismo com foco, é o que você vai encontrar no seu feed pelos próximos meses.

E falando em beleza, para você, o que é belo? Ele importa? Na sua experiência, beleza está atrelada a qualidade de vida? Ser bonito é importante? Para que? Por que? Para quem? É mais importante ser bonito ou se sentir bem? Beleza é sinônimo de saúde, de qualidade de vida? A resposta está em cada um de nós, na nossa aparência e em nossos anseios. Muitos de nós nunca estão satisfeitos com o corpo que tem, não é mesmo? Algumas das respostas estarão no site e nas mídias sociais do Tabuu. 

Não pretendemos ser um guia de regras, nem ditar arbitrariamente o que é certo ou errado. Mas trazer à tona um recorte dessa realidade que é a busca pelo belo, por ser belo. Para alguns, ser bonito pode significar ser aceito. Afinal, a boa aparência perpassa o fator de aceitação, não só de si próprio, mas social. 

Até aqui você, caro amigo leitor, já deve ter entendido a proposta do projeto. Porém, provavelmente está se perguntado, porque Tabuu? Ser bonito agora virou sinônimo de discussão? Respondo. Tabu é uma situação, ou um fato, que é rejeitado ou discriminado pela sociedade ou por parte dela. Então lhes pergunto: nós não rejeitamos o debate de, o Brasil ter um dos maiores índices de cirurgia plástica no mundo e principalmente entre jovens? Ou não discriminamos a pessoa que tem Bulimia, Anorexia ou quem está acima do peso? Ou então, quem sabe todos estamos de acordo que, uma mulher que sofreu de câncer de mama está certa ao optar por não implantar próteses mamárias? Pois então.

A polêmica não é, e não será, a nossa linha de trabalho. Entretanto, inevitavelmente, ela vai brotar das discussões que vamos propor. Ademais, o que é belo para você pode ser horroroso para mim, você pode achar normal uma pessoa demasiado jovem fazer intervenções cirúrgicas. Só que o seu amigo ao lado bem que deve achar isso bizarro. Enfim, sem mais delongas me apresento, sou Mailsom Portalete, um desses aspirantes a jornalista (que ainda acreditam na importância do diploma) que trarão discussões saudáveis e salutares sobre o que somos capazes, ou não, de fazer para atingir o corpo desejado e o que há de Tabuu em tudo isso. Grande abraço, seus lindos.