quarta-feira, 25 de setembro de 2013

AULA INAUGURAL DOS CURSOS DE COMUNICAÇÃO DEBATE OS NOVOS RUMOS DA MÍDIA

O Auditório Central da Unisinos São Leopoldo sediou na última segunda-feira (9/9), uma conversa com o jornalista Bruno Torturra e o pesquisador Fábio Malini. Os convidados debateram sobre o “movimento” #vemprarua, o colapso das mídias tradicionais, a hashtag na qual vivemos e sobre como não só as ruas, mas também, as redes se tornaram local de reivindicações políticas.


Bruno Torturra é um dos principais idealizadores do coletivo Mídia Ninja (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação). Nascido em 2011, o coletivo é conhecido pelo ativismo sociopolítico e por se apresentar como uma alternativa à imprensa tradicional. Foi com os protestos deste ano que o Mídia Ninja ganhou repercussão mundial.

Fábio Malini é midiativista e coordenador do Labic/UFES. Cientista Social, é especialista em visualização de dados e big data. O pesquisador falou sobre como as redes de comunicação e informação influenciam relações de poder a partir das manifestações que aconteceram neste ano.

Malini e sua equipe mapeiam as redes desde 2011 e vem aprendendo como analisar grandes volumes de dados. Eles monitoram várias “redes de movimentos” como por exemplo as redes Guarani-Kaiowá e a rede Marco Feliciano. Analisam de que forma os movimentos da rua influenciam nas redes e vice-versa: “Nossas pesquisas tem como objetivo captar ações coletivas na rua e na internet”, afirmou Malini.

Estas análises de grandes volumes de dados permitem entender como o “movimento” #vemprarua se articulou e como transformou o vocabulário político do país. “Os protestos e as interações nas redes resignificaram a construção da imagem (política) da presidente Dilma”, concluiu Malini. Segundo o pesquisador, isso mostra o colapso da estrutura de intermediação da mídia tradicional.

Já Bruno Torturra iniciou sua fala destacando que: “é muito interessante estar em curso de Jornalismo neste momento da história do país”. Segundo ele, o formato da mídia convencional está em crise, e não só ela, todos os “formatos de mídia”, isto é, espaços que necessitam de um mediador entre o público e a informação (imprensa, governo, Igreja, etc) estão em crise. Torturra afirma que a causa desse impasse é a internet.

De acordo com ele, a rede deixou de ser apenas um espaço para expor preferências e construções de personalidade. Ela está se tornando um ambiente possibilitador de reivindicações e transformações políticas. Torturra disse que estamos “vivendo uma hashtag”, um momento de encruzilhada em que: “A rede e a rua estão se fundindo em uma coisa só” - uma não depende mais da outra, elas estão completamente integradas.

O jornalista lembrou também o motivo pelo qual o formato tradicional de mediação de informação está ultrapassado, ou como ele mesmo disse: “está se quebrando sozinho”: “Todos os leigos se sentem comunicadores e, portanto, necessitam de uma mídia apta para dar voz a todos estes eventuais comunicadores”.

O evento iniciou pouco após as 20 horas e encerrou-se por volta das 22 horas. A interação entre os convidados e o público se deu através do Facebook e de outras redes sociais com a hashtag #vempraaula.  Além do Auditório Central, os alunos tinham a oportunidade de acompanhar a palestra via streaming transmitido no site da Unisinos em duas salas do centro 3 da universidade.



Para maiores informações:
Assessoria de Imprensa Unisinos
Mailsom Portalete
Fone: (xx) xxxx-xxxx

e-mail: xxxxx@assessoria.com


PS.: ATENÇÃO ESTE É UM RELEASE DE CUNHO ESTRITAMENTE DIDÁTICO, UM EXERCÍCIO REALIZADO EM SALA DE AULA, E NÃO DEVE SER VISTO COMO UMA COBERTURA OFICIAL DA UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS.