O
Auditório Central da Unisinos São Leopoldo sediou na última segunda-feira
(9/9), uma conversa com o jornalista Bruno Torturra e o pesquisador Fábio
Malini. Os convidados debateram sobre o “movimento” #vemprarua, o colapso das
mídias tradicionais, a hashtag na qual vivemos e sobre como não só as ruas, mas
também, as redes se tornaram local de reivindicações políticas.
Bruno
Torturra é um dos principais idealizadores do coletivo Mídia Ninja (Narrativas
Independentes, Jornalismo e Ação). Nascido em 2011, o coletivo é conhecido pelo
ativismo sociopolítico e por se apresentar como uma alternativa à imprensa tradicional.
Foi com os protestos deste ano que o Mídia Ninja ganhou repercussão mundial.
Fábio
Malini é midiativista e coordenador do Labic/UFES. Cientista Social, é
especialista em visualização de dados e big data. O pesquisador falou sobre
como as redes de comunicação e informação influenciam relações de poder a
partir das manifestações que aconteceram neste ano.
Malini
e sua equipe mapeiam as redes desde 2011 e vem aprendendo como analisar grandes
volumes de dados. Eles monitoram várias “redes de movimentos” como por exemplo
as redes Guarani-Kaiowá e a rede Marco Feliciano. Analisam de que forma os
movimentos da rua influenciam nas redes e vice-versa: “Nossas pesquisas tem
como objetivo captar ações coletivas na rua e na internet”, afirmou Malini.
Estas
análises de grandes volumes de dados permitem entender como o “movimento”
#vemprarua se articulou e como transformou o vocabulário político do país. “Os
protestos e as interações nas redes resignificaram a construção da imagem
(política) da presidente Dilma”, concluiu Malini. Segundo o pesquisador, isso
mostra o colapso da estrutura de intermediação da mídia tradicional.
Já
Bruno Torturra iniciou sua fala destacando que: “é muito interessante estar em
curso de Jornalismo neste momento da história do país”. Segundo ele, o formato
da mídia convencional está em crise, e não só ela, todos os “formatos de
mídia”, isto é, espaços que necessitam de um mediador entre o público e a
informação (imprensa, governo, Igreja, etc) estão em crise. Torturra afirma que
a causa desse impasse é a internet.
De
acordo com ele, a rede deixou de ser apenas um espaço para expor preferências e
construções de personalidade. Ela está se tornando um ambiente possibilitador
de reivindicações e transformações políticas. Torturra disse que estamos
“vivendo uma hashtag”, um momento de encruzilhada em que: “A rede e a rua estão
se fundindo em uma coisa só” - uma não depende mais da outra, elas estão
completamente integradas.
O jornalista lembrou também o motivo pelo qual o formato
tradicional de mediação de informação está ultrapassado, ou como ele mesmo
disse: “está se quebrando sozinho”: “Todos os leigos se sentem comunicadores e,
portanto, necessitam de uma mídia apta para dar voz a todos estes eventuais
comunicadores”.
O evento iniciou pouco após as 20 horas e encerrou-se por
volta das 22 horas. A interação entre os convidados e o público se deu através
do Facebook e de outras redes sociais com a hashtag #vempraaula. Além do Auditório Central, os alunos tinham a
oportunidade de acompanhar a palestra via streaming transmitido no site da
Unisinos em duas salas do centro 3 da universidade.
Para maiores informações:
Assessoria de Imprensa Unisinos
Mailsom Portalete
Fone: (xx) xxxx-xxxx
e-mail: xxxxx@assessoria.com
PS.: ATENÇÃO ESTE É UM RELEASE DE CUNHO ESTRITAMENTE DIDÁTICO, UM EXERCÍCIO REALIZADO EM SALA DE AULA, E NÃO DEVE SER VISTO COMO UMA COBERTURA OFICIAL DA UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS.
PS.: ATENÇÃO ESTE É UM RELEASE DE CUNHO ESTRITAMENTE DIDÁTICO, UM EXERCÍCIO REALIZADO EM SALA DE AULA, E NÃO DEVE SER VISTO COMO UMA COBERTURA OFICIAL DA UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS.